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Entenda a festa da Visitação

  • Foto do escritor: Igreja Santa Maria Madalena
    Igreja Santa Maria Madalena
  • 30 de mai.
  • 5 min de leitura

Fonte: Vida Celebrada Origens

A devoção a Nossa Senhora da Visitação originou-se entre os primeiros franciscanos. Trata-se de uma devoção totalmente inspirada no Novo Testamento, mais precisamente no Evangelho de São Lucas 1, 39-56. Quando o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a Mãe do Salvador, ele disse que Isabel, prima de Maria, já idosa, estava no sexto mês de gravidez por um milagre de Deus. Por isso, Maria foi às pressas até a região montanhosa da Judéia, à cidade de Aim Karim, para visitar Isabel. Daí o nome de Nossa Senhora da “Visitação”.


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O encontro de duas santas

Quando Maria chegou e saudou Isabel, João Batista, a criança no ventre de Isabel, estremeceu no seu seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (Lc 1, 39-41) Sim. Foi um encontro especial. Maria levava Jesus em seu ventre. Isabel, carregava João Batista. Os dois primos também se encontraram neste momento e o Espírito Santo se fez presente. As palavras que Isabel disse a Maria neste momento, como frisa são Lucas, foram inspiradas pelo Espírito Santo. Por isso, elas se tornaram uma frase da oração rezada milhões de vezes por milhões de pessoas todos os dias: a Ave Maria.


Uma frase da Ave Maria

São Lucas escreve: “Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc 1, 41-42) Essas palavras de Santa Isabel, inspiradas pelo Espírito Santo, passaram a fazer parte da oração da Ave Maria. É exatamente isso que dizemos quando rezamos: “Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.”


A visitação

Maria visita Isabel primeiramente porque crê nas palavras do Anjo Gabriel. Este, como vimos, afirmou que Isabel estava no sexto mês de gravidez. Em segundo lugar, esta visita, sem dúvida, é uma visita de serviço, de amor, de partilha. Maria precisava partilhar com alguém a maravilha que estava acontecendo em seu ventre: Jesus, o Filho de Deus estava sendo gerado. Mas, com quem partilhar algo tão grande? José, o noivo, ainda não o sabia. E, se não fosse por intervenção divina, não compreenderia. Isabel, porém, compreenderia, porque estava vivendo também um milagre: uma gravidez na velhice. Maria, vivia milagre infinitamente maior, mas sentia que Isabel poderia compreender e ajudar. Tanto que Isabel, tocada por Deus, percebe imediatamente a gravidez de Maria e exclama: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc 1, 41) Certamente nos três meses que Maria ficou com Isabel, as duas se ajudaram, conversaram muito e falaram com liberdade sobre as coisas de Deus que aconteciam em suas vidas.


O grande Louvor de Maria na Visitação

Foi na Visitação que Maria entoou seu cântico de gratidão e louvor a Deus chamado de Magnificat, do Latim, que significa “glorifica”. Este é o primeiro verbo usado por Maria no Magnificat: “Minha alma glorifica ao Senhor”. A oração do Magnificat é a oração da Visitação de Nossa Senhora. Por isso, reze-a sempre, lembrando da alegria de Maria e de seu gesto de amor ao visitar sua prima, para servir e partilhar a vida.


Magnificat

“E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor,

meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.

Porque olhou para sua pobre serva.

Por isto, desde agora, todas as gerações me proclamarão bem-aventurada,

Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.

Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.

Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.

Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.

Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,

Conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.”

(Lc 1, 46-55)

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, amém.


No dia 31 de maio, o calendário litúrgico recorda a celebração da festa da Visitação de Nossa Senhora, oficialmente instituída pelo Papa Urbano VI em 1389. Durante essa visita, Maria recitou o cântico de louvor conhecido como Magnificat. Por esse motivo, tal memória também é conhecida como festa do Magnificat. Com ela, a Igreja prolonga e irradia a alegria messiânica da salvação.


Nossa Senhora, grávida, é portadora de Deus e vai ao encontro dos mais necessitados. Ao chegar à casa de sua prima Isabel é saudada como mãe do Salvador. A visitação é a festa do encontro entre uma jovem, mãe, serva do Senhor, e a anciã, símbolo de Israel que espera a vinda do Salvador. Lembra-nos o Papa Francisco: “Essas duas mulheres se encontram e se encontram com alegria”, o momento é “só festa”.


Nessa celebração, também descobrimos a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Esse cântico é conhecido como cântico dos pobres. Nele, Maria reconhece a sua pequenez e a grandeza de Deus diante de sua obra maravilhosa.


O Evangelho de Lucas nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar ser a mãe de Jesus, também se abriu às necessidades do outro. É impossível dizer que amamos a Deus se não amamos ao irmão. A visitação de Maria a sua prima Isabel nos convoca à prática da caridade por meio da visitação. Quantas pessoas também precisam da nossa visitação? Os idosos em suas casas e apartamentos isolados, nos lares e clínicas para a terceira idade, as pessoas com o mal da depressão, isoladas em seus quartos fechados e escuros, nossos irmãos presidiários, os nossos jovens encarcerados nas instituições para menores infratores, pessoas enfermas em casas e nos leitos dos hospitais, crianças em lares e abrigos etc. Portanto, a festa da Visitação de Nossa Senhora nos ensina que o serviço é sinal do cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver. Aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro.


Diante desse pressuposto, notamos que são muitas as pessoas que necessitam de uma visita, seja física ou espiritual, por meio da oração. Esses nossos irmãos e irmãs não estão longe de nós. Para cada uma dessas pessoas somos chamados à diferença na vida com pequenos gestos praticados com amor, que deixam marcas de eternidade no coração. A misericórdia não se realiza com palavras bonitas ou frases de efeito, ela é concreta e precisa ser exercitada, assim como Maria, que não leva somente o amor e a alegria, mas o próprio Cristo.


A solicitude carinhosa de Maria exprime, também, o gesto de caridade e amor, assim como o gesto de visitar os enfermos nos convida a sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro daqueles que padecem dos mais diversos tipos de sofrimento. Maria é nosso modelo de misericórdia. Na visita a Isabel, Maria levou também a esperança da vida plena. Visitar uma pessoa enferma ou não é um gesto de misericórdia carregado de profundo sentido humano e espiritual.


Peçamos à Virgem Maria que interceda por nós junto a seu filho Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor e ao sofrimento dos outros. Que sejamos capazes de sentir compaixão e cuidar do outro. Que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize por meio da caridade.


A Festa de Visitação começou a ser celebrada no século XIII, pelos Franciscanos. Bonifácio IX (1389-1384) introduziu-a no calendário universal da Igreja. Tradicionalmente celebrada a 2 de Julho, a festa foi antecipada pelo novo calendário para o dia 31 de Maio, ficando assim entre a Solenidade da Anunciação (25 de Março) e o Nascimento de João Batista (24 de Junho). Depois da Anunciação, Maria foi visitar a prima Isabel, partilhando com ela a alegria que experimentava perante as “maravilhas” n´Ela operadas pelo Senhor. Impele-a também a essa visita a sua caridade feita disponibilidade e discrição. Para Lucas, Maria é a verdadeira Arca da Aliança, a morada de Deus entre os homens. Isabel reconhece esse fato e reverencia-o. Toda a visitação de Maria é um acontecimento de Jesus.

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