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1968

 

No início do ano de 1968, além do círculo bíblico já existente na Igreja Fátima, o padre Cláudio Heisler começou a dirigir outro círculo. Este escolheu uma casa de família, bem na periferia do bairro entre gente muito pobre e humilde. Semanalmente reuniam-se de dez a doze pessoas e todos estudavam a Palavra de Deus. Após o primeiro semestre, o pároco resolveu multiplicar os círculos bíblicos e escolheu novos dirigentes. E para a sua alegria, já na metade do segundo semestre, a região contava com seis círculos bíblicos.

“O fruto dos círculos é maravilhoso. No plano da evangelização os eles são duma eficácia extraordinária. São a grande esperança da Igreja de amanhã.” (Pe. Cláudio)


Sentindo a necessidade de levar a Igreja até os pobres, o pároco concebeu um plano arrojado e destemido: iniciou uma campanha cerrada para arrecadar recursos financeiros e com isto erguer uma modesta capelinha, bem no fim da paróquia, lá onde fora iniciado o círculo bíblico, onde o povo é mais humilde e mais separado da civilização, lugar denominado “Pequeno Sertão”. A campanha foi ativamente sucedido, incluindo listas, festinhas e outras doações que atingiu a importância necessária para dar início às obras da capelinha. O pároco conseguiu três terrenos com o sr. “Bereta” que foram doados para a nova comunidade, na rua Padre Bartolomeu de Gusmão.

"Se Deus quiser e tudo der certo como foi até agora, deverá estar pronta a referida capela até o fim do ano. Então os pobres do ‘Pequeno Sertão’ terão talvez o Natal mais feliz de sua vida.” (Pe. Cláudio)


Em 13 de setembro ocorreu a primeira reunião dos membros do conselho da comunidade do “Pequeno Sertão”, na casa do sr. Neri dos Santos. Na leitura do evangelho o padre Cláudio comparou os presentes aos apóstolos, pois estão iniciando uma missão, uma nova tarefa que é a construção da capelinha do “Pequeno Sertão”. Nesta ocasião o pároco explicou a finalidade e o modo de funcionar um conselho desta nova comunidade. Foi sugerido o nome de Neri dos Santos para presidir as reuniões e eleito o presidente do conselho. Também fizeram parte do conselho: Leandro Farias (Careca), José Figueredo e Vitorino Dalmagro.
O padre Claúdio Heisler sugeriu que fosse definido um santo 
padroeiro para a comunidade. Muitos nomes de santos e nossa senhoras foram sugeridos, mas o grupo não conseguiu escolher o seu padroeiro. Então o padre rezou ao
Espírito Santo e pegando o livreto do calendário dos santos, que sempre carregava em sua bolsa, fechou os olhos abriu em uma página qualquer e apontou com o dedo para a folha. A data escolhida foi 
dia 22 de julho, cujo dia comemora-se Santa Maria Madalena. Todos os presentes aceitaram e assim foi escolhido o nome da padroeira. O nome da padroeira foi aprovado pelo arcebispo metropolitano, Dom Vicente Scherer.

“Santa Maria Madalena foi uma grande pecadora, como todos nós, mas é também uma grande santa e a nós ela já demonstrou o seu poder à nosso Senhor, ajudando-nos em muitas situações  difíceis”. (Dom Vicente)


As campanhas e listas dos donativos, um baile realizado no dia 31 de agosto pela Juventude de Fátima, em benefício da capelinha, rendeu um bom lucro em caixa. A comissão encarregou-se de preparar um churrasco no dia 22 de setembro que reverterá a esta mesma causa.
O aterro começou a ser colocado em outubro conforme a promessa do prefeito e todos trabalharam muito para arrumar o terreno, pois o local era um banhado 
de plantações de arroz.
Os senhores do conselho confirmaram ao pároco que em um mês constroem a capelinha, significando que até o Natal teremos uma nova comunidade na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, conforme a ata.

“A capela será construindo em madeira com as seguintes dimensões 6,60x8,20m. Quanto a planta o sr. engenheiro, Gerson de Oliveira, a fará, pois o mesmo é um homem católico e não se negará a isto. Pelas medidas acima não será a capelinha muito grande, pois as finanças são reduzidas e no momento o que mais interessa é a construção externa como o foro, as janelas e o resto será com o tempo, com festas e campanhas que ainda faremos.” (Conselho)


Em 03 de novembro o arcebispo metropolitano, Dom Vicente Scherer, visitou a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. O pároco foi com o próprio “auto” buscar o arcebispo na Paróquia Imaculada Conceição, de Vila Rio Branco, conduzindo diretamente ao “Pequeno Sertão” para mostrar o lugar da futura capela e o mesmo estava alagado, devido às chuvas. O que favoreceu, pois o Dom Vicente, ficou comovido com o entusiasmo de todos por esta obra e prontificou-se em ajudar. Com um donativo vindo da Alemanha Ocidental para a arquidiocese, o arcebispo separou NCr$2.000,00 (cruzeiro novo) para a capelinha, o que veio a ajudar muitíssimo na construção, que teve muitos melhoramentos, tais como, janelas, forro e assoalho tábua nº 13 beneficiada, não permitidos antes, devido ao pouco capital da comunidade.

Aos 19 de novembro reuniu-se novamente o conselho da comunidade com novos membros, os senhores Aneci Cardozo, Amaro Jorge Daniel e Francisco Assis dos Passos, morador do Fátima, que será o encarregado pessoal da construção. A colocação do aterro prometido pelo prefeito Hugo Simões Lagranha, ficou apenas na promessa. Por isso, a comunidade iniciou as obras sem o mesmo, que virá futuramente. A planta foi entregue na Prefeitura de Canoas, pelo sr. Pedro Schein, morador do Fátima.
O padre Cláudio foi em diversas madeireiras ver o orçamento, mas achou muito elevado os valores. Porém na madeireira do sr. Giacomazze o orçamento foi melhor e com a quantia recebido do arcebispo foi permitido dar início a construção. O esquema feito por Francisco Assis foi bem calculado
e a capelinha foi construída no estilo colonial, com duas janelas basculante na frente e telhas de barro.

Aos 23 de novembro às 7h30, teve início a construção da capelinha do “Pequeno Sertão”, onde estavam presentes nesta hora histórica o padre Cláudio, Neri dos Santos acompanhado de sua esposa e da sua filha Elizete, Aneci Cardozo, Leandro, Francisco e a Doralice que representou o seu esposo, o sr. José Figueredo, a senhorita Cenira (irmã do padre) e Terezinha. O padre Cláudio oficializou os trabalhos lendo dois salmos o 112 e 126, dizendo que aquela construção não é somente material, mas espiritual.

“A construção é de madeira, mas terá por finalidade salvar almas. Será uma construção para a eternidade, pois dentro dela se fará todas as cerimônias e atos que nos levam até Deus.” (Pe. Cláudio)


Após a oração deu-se início a construção da Capela Santa Maria Madalena, sonho e alegria do pároco e de todos os moradores do “Pequeno Sertão”.
Aos 10 de dezembro ocorreu a reunião do conselho na casa de Neri para os últimos preparativos da inauguração da capelinha do “Pequeno Sertão”. A data marcada para a inauguração foi dia 29 de dezembro de 1698, onde a Neiri Godinho ficou encarregada de levar o convite ao arcebispo, mas o mesmo devido a muitos compromissos não pode aceitar, o que deixou a 
comunidade muito triste, pois todos contavam com sua presente. O padre Cláudio que não se deu por vencido foi até a Cúria falar com o arcebispo que aceitou fazer a visita no dia 05 de janeiro de 1969, quando fará a inauguração. A imagem de Santa Maria Madalena foi encomendada, pois não foi encontrada e virá futuramente, com a ajuda de padrinhos que ajudaram na compra. O padre Cláudio comprou a imagem de Jesus Crucificado e mandou fazer a cruz de madeira. A cruz externa foi doada pela paróquia, que pertencia antes a antiga capelinha de madeira da Fátima.
Próximos da data prevista para a visita do arcebispo e inauguração da capelinha a comunidade recebeu um comunicado informando que a planta com as medidas na igreja não estavam na Prefeitura de Canoas, por isso as obras pararam e a comunidade entrou em contato com o pároco para ver se a data da inauguração continuava a mesma. O padre Cláudio dirigiu-se até a Prefeitura de Canoas para ver como fica a situação.

“A planta que nós contávamos que estivesse na prefeitura, não estava. Um funcionário que nos atendeu disse que no momento não podia  liberar nenhuma construção, pois a rua Pe. Bartolomeu de Gusmão terminava antes de chegar na igreja. O padre Cláudio quase desanimou, pois tínhamos feito tantos planos e parece que não vamos concretizá-los. Mas o chefe do setor, deu o seu apoio ao padre Cláudio, dizendo: “para não criar problemas  entre a prefeitura e a igreja, dou-lhe um conselho: ‘faça a igreja conforme idealizou e não traga a planta aqui. Faça sem a autorização’”. (Conselho)


Com esta situação superada foi sugerido que a cor da capelinha fosse laranja por fora e azul claro por dentro. O andamento da obra estava ótimo, mas o padre Cláudio pediu que todos se empenhassem da forma que puderem, para poder concluir a capelinha no tempo previsto.

1968
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1969

1969

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No dia 05 de janeiro com a presença do arcebispo Dom Vicente Scherer foi inaugurada a capela nova, construída no término da rua Pe. Bartolomeu de Gusmão, do bairro de Fátima. Choveu durante o dia todo, diminuindo o brilho externo da festa, deixando o pátio da capela transformado num lodaçal. Mesmo assim compareceram muitas pessoas participando da missa celebrada pelo arcebispo dentro do recinto do novo templo. Muitos esforços
e sacrifícios foram necessários tanto da parte dos moradores do Fátima, quanto da parte dos que residem próximos da capela para a concretização da construção da Capela.
A alma de tudo foi o pároco, padre Cláudio Heisler que num gesto de grande iniciativa idealizou e levou a têrmo em curto prazo de 1969 
tempo, a singela e grandiosa obra, a Capela de Santa Maria Madalena, conforme a ata.

"No dia 05 de janeiro de 1969, domingo às 10 horas, foi inaugurada pelo sr. Arcebispo a Capela Santa Maria Madalena, no ‘Pequeno Sertão’, nos confins do Bairro Fátima. Após a recepção e saudação dirigida ao sr. Arcebispo pelo pároco de Nossa Senhora de Fátima, Padre Cláudio Affonso Heisler, como ponto culminante do programa teve lugar a Santa Missa e bênção do Novo Templo, cujo oficiante foi o próprio arcebispo, Dom Vicente Scherer, ocasião em que ressaltou a importância da nova capela, exaltando os esforços de todos que cooperavam na construção e dum modo especial a ação do pároco que idealizou e levou a têrmo esta grandiosa obra.” (Livro Tombo)


Aos 17 de janeiro teve lugar logo após a missa das 19h30 a reunião do Conselho da Comunidade do “Pequeno Sertão”, esta tinha por Dom Vicente e Pe. Cláudio no almoço de inauguração da comunidade finalidade informar aos membros interessados o resultado da festa de inauguração. O padre Cláudio começou doando os paramentos litúrgicos, toalhas do altar e outros objetos necessários à Igreja Santa Maria Madalena. Fez também uma ata oficial com firma reconhecida que todo o estabelecimento, neste caso a igreja, necessitou para comprovar sua existência. E que a capela embora pertencendo a Matriz de Nossa Senhora de Fátima ela é autônoma, isto é, vive até certo ponto independente da paróquia.
A campanha pró-construção da igreja, incluindo o donativo do arcebispo, às 19 listas de donativos, churrascos, baile na Igreja Fátima e a festa de inauguração arrecadou o valor de NCr$4.532,30 (cruzeiro novo). Até esta altura tudo estava pago, restando um bom saldo em caixa e deste dinheiro foram comprados 50 cadeiras para a igreja, um armário e feita a instalação elétrica. Na ocasião o padre Cláudio ficou responsável de ver uma pessoa licenciada para a realização da instalação elétrica, conforme solicita a empresa CEEE. O sr. Leandro continuou sendo o pintor oficial da igreja dando continuidade aos trabalhos da pintura. 
O padre Cláudio solicitou que algumas pessoas que aos sábados tivessem uma folguinha poderiam 
ajudar a espalhar o aterro e falou do horário da missa, que a partir de março de 1969, ficou aos sábados às 17h.
Aos 26 de outubro, Solenidade de Cristo Rei do Universo, com missa vespertina às 16h, realizou-se na capela de Santa Maria Madalena do “Pequeno Sertão” a celebração da Primeira Eucaristia de 9 eleitos. Foi um sucesso sem par e grande espetáculo de fé, simplicidade e devoção. Constituiu a alegria do povo do “Pequeno Sertão”, pois foi a primeira vez que na capela nova se realizou um Primeira Comunhão. O próprio pároco, padre Cláudio Heisler deu toda a catequese aos neo-comungantes, iniciando em março a preparação. Os eleitos eram: Vaneci, Vani, Valdeci, Nadir, Angelina, Jorge, Rudimar, Celso e Cléia.
No dia 19 de dezembro foi realizada uma reunião na caso de Neri dos Santos, onde foi preparado a festa de um ano de inauguração da comunidade, que ficou marcada para o dia 18 de janeiro de 1970, apenas em um domingo e não o mês todo, como de costume na Igreja Fátima.

"No dia da festa a imagem de Santa Maria Madalena chegará para nós aqui na capela. Esta é a imagem que o “Pequeno Sertão” espera a muito tempo”. (Pe. Cláudio)

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1970
1971
1972

1970

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No dia 18 de janeiro foi realizada a festa de um ano da igreja do “Pequeno Sertão” e o dia da chegada da imagem da Santa Maria Madalena. O dia amanheceu ensolarado e todos estavam muito alegres. Cedo da manhã o “rádio falante” já estava tocando chamando a atenção para o local da festa. Às 10h da manhã teve início a missa, com os padrinhos da Santa Maria Madalena chegando ao local com a imagem nas mãos. Perto das 11h deu-se início a grande festa do “Pequeno Sertão” com o “rádio falante” tocando músicas, a pescaria e a copa estavam bem movimentadas. Pelo meio-dia o churrasco começou a 1970 sair para as mesas, tudo era alegria naquele dia, todos se divertiam, brincavam, bebiam, comiam sem brigas. Também tinham dois “Pedro e Paulo” na festa para cuidarem se sairia alguma desordem. Assim foi até o fim da festa, sem nenhuma briga, com muita alegria.
No dia 03 de fevereiro teve início uma reunião para definir colocar uma casinha com uma família aos arredores da igreja, para cuidar da capela. Após uma longa conversa foi definido que uma família virá morar nos fundos da igreja. A família que vier terá um contrato de um ano para cuidar, limpar e zelar da igreja. Após o ano de contrato, poderá ser feito um novo contrato.
Em 25 de outubro foi realizada mais uma celebração da Primeira Comunhão na Igreja, onde contou com 17 neo-comungantes. A longa preparação esteve a cargo do pároco e da catequista Noeli Gonçalves, que não poupou esforços para catequizar as crianças. A comunhão teve lugar na missa vespertina, no domingo. Foi realmente um espetáculo de muita fé e simplicidade. Os cantos ensaiados pela catequista tornaram o encontro eucarístico ainda mais emocionante.

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1971

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No dia 05 de setembro a comunidade recebeu a visita do Cardeal na Igreja Santa Maria Madalena, às 15h. Nesta dia a comunidade se preparou com buque de flores, cantos preparados pela catequese, declamações de poesias pela vinda do cardeal e faixas espalhadas pelo “Pequeno Sertão”. 

Neste mesmo ano a comunidade realizou uma festa no dia 05 de dezembro de 1971. Com o valor arrecadado foi realizado um “puxado” ao lado da igreja.

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1972

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No ano de 1972 realizaram-se duas festas na Igreja. Em 05 de março a primeira e a segunda em 10 de dezembro. As duas festas foram precedidas de tríduo religioso, com missa e pregação.
No dia 27 de novembro às 20h, durante a reunião em preparação à festa de dezembro, onde se definiu que se faria o primeiro concurso de rei e rainha do “Pequeno Sertão”. Ao final da reunião o padre Cláudio apresentou um grande presente à comunidade o Hino da Padroeira de Santa Maria Madalena, que foi de sua autoria, explicando cada parte da música. Este hino permanece em nossas celebrações até os dias de hoje. Padre Cláudio emocionado comenta sobre o crescimento e empenho de todos da comunidade.

“As festinhas da capela são maravilhosas. Todos os que trabalham são honestos, e se sacrificam pela comunidade”. (Pe. Cláudio)


O lucro das festas foi revertidos na compra de um sino onde o padre Cláudio ficou responsável por ver os valores do sino e trazer na próxima reunião do conselho da comunidade.

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1973
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No dia 22 de abril domingo de Páscoa, foi inaugurado o sino da Igreja Santa Maria Madalena, no “Pequeno Sertão”. Na preparação da festa o Pascoal Rossi doou quatro “paus”, que foram utilizados para fixar o sino, que pesa 92kg.
O senhor Alexandre foi encarregado de cortar as madeiras e fixá-las ao lado da igrejinha. Na ocasião aconteceu uma festa para a inauguração, onde foi leiloado um bolo em formato de coração e um sino, e quem desse mais seria
o padrinho do sino, onde o próprio Pascoal Rossi ficou padrinho do sino. Festejos populares, com missa festiva assinalaram tão feliz acontecimento.

"O sino é o anjo de Deus a chamar o povo para a igreja”. (Pe. Cláudio)

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O referido sino foi adquirido na fábrica BELLINI em Canoas e custou Cr$2.936,64 (cruzeiro).

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1974

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Para pagar os novos bancos que a comunidade mandou fazer na fábrica Candura, foi necessário realizar uma festa fora de época, que aconteceu em 30 de junho num dia ameno e belo, sem frio nem vento, que teve lugar a festa, que sem concurso de rainhas, deixou o lucro fabuloso de Cr$3.227,43 (cruzeiro). O pároco celebrou a missa festiva às 10h na Igreja e após tiveram início os festejos.
Em julho de 1974 a comunidade adquiriu doze bancos no valor de Cr$4.056,00. Cada banco tinha dois metros de comprimentos.

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1975

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No ano de 1975 foi escolhido pela primeira vez um casal festeiro para a festa da Igreja que foi Albano e Ivone Boll. 

Para coincidir com o 6º aniversário da fundação da comunidade e inauguração da Igreja Santa Maria Madalena foi escolhida a data do dia 05 de janeiro, com um dia bonito e ensolarado.
O pároco Cláudio Heisler celebrou um tríduo com casais noveneiros. O povo não veio participar quanto se esperava, 
embora a missa festiva no domingo da festa, lotou a Igreja. A festa adquiriu proporções bem maiores do
que as anteriores. Foram vendidos 260kg de carne e 30 engradados de cerveja. Às 10h da noite a festa foi encerrada deixando o lucro fabuloso de Cr$6.870,27 (cruzeiro).
O pároco agradeceu muito ao casal festeiro, cooperadores e assessores pelo êxito da extraordinária festa. 

“À Deus e a Santa Maria Madalena, padroeira da comunidade, gratidão e louvores”. (Pe. Cláudio)

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1976

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Em preparação da festa do 7º aniversário da inauguração da Igreja Santa Maria Madalena o padre Cláudio Heisler programou e levou a efeito o tríduo religioso em preparação à festa, com a santa missa, nos dias 14, 15
e 16 de janeiro.
Após atender espiritualmente a matriz e a paróquia vizinha de Santo Antônio, que no mês de janeiro estava sob os cuidados do padre Cláudio Heisler, celebrou missa festiva, no dia 17 de janeiro às 10h30, na Igreja Santa Maria Madalena. Após a missa a festa teve início com grande animação, prometendo lucro espetacular. Como parte culminante constava no 
programa a “coroação das rainhas” do concurso infantil. Este esteve a cargo de Ledi Daniel e registrou o lucro de Cr$4.853,00 (cruzeiro), graças ao trabalho maravilhoso das meninas candidatas e ao empenho incansável de todos. O “Pequeno Sertão” estava encantado, a “canícula” cantava os campos. A festa prosseguiu animada.
Neste mesmo ano o sr. Vilarci da Silva e esposa quiseram doar uma imagem de Nossa Senhora de Fátima para a paróquia. Com 1,20 metros a imagem foi adquirida em São Paulo. O casal doador entregou-a nas mãos do pároco, que escolhesse o lugar e a igreja onde seria entronizada. Como a Igreja Matriz já possuía imagem 
da padroeira, o padre Cláudio logo indicou a Igreja Santa Maria Madalena.

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1979

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Em março de 1979, 10 anos após a sua inauguração a Igreja de Santa Maria Madalena do “Pequeno Sertão” iniciou uma equipe de liturgia, tendo como coordenadora Lúcia de Fátima Melo e como assessora e responsável pelos cânticos, a irmã Myriam Hansel. As reuniões de liturgia eram mensais e coordenadas pelo pároco, realizadas no último sábado do mês, após a missa das 16h.

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1981

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A Comunidade de Santa Maria Madalena esteve envolvida no processo de criação da Escola Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo VI. As crianças, filhos de chacareiros e de famílias em situação de risco no “fundo” do bairro, ficavam constrangidas de frequentar as demais escolas do bairro, desistindo de estudar.

As Irmãs da Divina Providência, juntamente com a sra. Lígia Toboliski Bongiorni, que tinha um sonho de ser professora, iniciaram um movimento para a construção da escola municipal. Como resultado, no final de março de 1981, a Escola Municipal Paulo VI iniciava seu primeiro ano letivo, tendo as aulas na capelinha da Igreja Santa Maria Madalena, que logo após passou para o prédio da escola, localizado na avenida Engenheiro Irineu Carvalho de Braga. 

“A pedido da secretaria municipal de educação e com a autorização do Pe. Edmundo Rockembach, já foram efetuadas as inscrições no recinto da Capela de Santa Maria Madalena, para alunos que frequentaram o novo colégio a ser construído no “Pequeno Sertão”, em área já adquirida pela Prefeitura Municipal de Canoas. Trata-se da concretização de um grande sonho e de uma iniciativa, pela qual lutaram incansavelmente as famílias do “Pequeno Sertão”, auxiliadas pelo conselho comunitário do bairro de Fátima, cuja presidenta dinâmica é a senhora Marlene Teixeira”. (Livro Ata - Conselho)

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1982

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No ano de 1982, foi realizada uma rifa no “Pequeno Sertão” onde o prêmio era um porco de aproximadamente 20kg, doado pelo sr. Lelé, no valor de Cr$100,00 cada número, pela extração da loteria federal, ganhando a dezena do primeiro prêmio. O dinheiro arrecadado serviu para comprar um botijão de gás e alguns utensílios de cozinha.

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1985

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No ano de 1985 a comunidade realizou duas festas populares, no salão a paroquial da Igreja Matriz, em benefício da Igreja Madalena. Ao todo somaram cerca de Cr$235,00 (cruzeiro). Uma caderneta de poupança foi aberta na Caixa Federal e outra no Bradesco.
Em agosto do mesmo ano, 
Lucia Ribas fez um trabalho com os moradores dos arredores de nossa comunidade levando ao conhecimento de todos que está realizando uma comissão formada na Igreja Santa Maria Madalena. Salientou também a contribuição dos associados da igreja sobre o centésimo (antigo dízimo).

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1986

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No começo do ano de 1986 a comunidade iniciou a compra de material para a construção de um pavilhão de festas (salão da comunidade), com listagens e festas na Igreja.
Nas vésperas da Solenidade de Pentecostes, foi preparada uma experiência nova: a bênção das casas a partir dos grupos de famílias. Para se receber a bênção a família ou um membro teve que participar de um encontro do grupo de família para refletir e rezar. Assim um segundo dia se fez o encontro numa das casas daquela noite e desta mesma casa saíram em procissão, abençoando as casas pré-escolhidas.

“Foi uma experiência marcante. Seis grupos foram preparados com cerca de quinze famílias em cada. Foi uma verdadeira graça do Espírito Santo para a comunidade de Santa Maria Madalena”. (Pe. Vicente Kappaun)
No dia 19 de julho foi realizado mais uma festa de Santa Maria Madalena com muita gente na igreja para a procissão e a missa solene, dentro da qual consagramos o novo cálice, comprado com o dinheiro da comunidade e algumas doações. Para este período de festa e proteção do terreno da Igreja Santa Maria Madalena foi construído uma cerca nova na frente e na lateral do terreno, num total de 52 metros de cerca, com dois portões de madeira.

1988
1989

1988

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No ano de 1988 a Comunidade Santa Maria Madalena participou pela primeira vez da Via-Sacra realizada pela Comunidade Nossa Senhora de Fátima nas ruas do bairro, onde ficaram encarregados pela terceira estação “Jesus cai pela terceira vez”, onde a comunidade esperou a procissão na esquina das ruas Vinte e Quatro de Outubro e Bartolomeu de Gusmão.
Ao longo do ano a comunidade deu início aos grupos de novenas nas casas de família, utilizando o livro de apoio da arquidiocese de Porto Alegre, para o melhor entendimento. As novenas foram bem aceitas nas casas.
No espaço  do terreno da igreja existia um forno comunitário que nas sextas-feiras realizavam pãezinhos para o clubinho de crianças, para entregar as crianças nos sábados, orientados pelo Clube de Mães Santa Maria Madalena. A pedido da comunidade, devido às chuvas no inverno, foi solicitado uma melhoria no mesmo, com cobertura.
No dia 08 de abril foi realizada uma Assembleia Geral da comunidade trazendo todo o histórico da igreja desde o início das obras. Até a data presente já existiam diversas atividades em nossa comunidade, entre eles: Missas, 
Batizados, Casamentos, Clube de Mães, Clube de Crianças, Grupos de Família, Liturgia, Alimentação (Pastoral Social), Colonos e Operários, Forno Comunitário, Saúde, Grupo de Jovens, Grupo da Construção (Patrimônio), Centésimo (Dízimo), Negros, Catequese, Apostolado da Oração.
No dia 15 de abril foi definido a primeira Diretoria da Comunidade Santa Maria Madalena com a participação dos membros da igreja: 
Leandro (presidente), Paulo (vice- presidente), Ledi (1ª secretária), Salete (2ª secretária), Célia (1ª tesoureira), José (2º tesoureiro) e Medoura (Zeladora). Esta nova diretoria iniciou seus trabalho três dias após, decidindo as melhorias da reforma da igreja, pintura externa e consertos das tábuas, e do salão da comunidade, trocando o tablado de pista de dança, mesas e problemas de encanamento. Para arrecadar fundos será realizado um Chá Dançante realizado pelo Clube de Mães no início de maio do mesmo ano.
A comunidade se fortalecia cada vez mais nas celebrações, pastorais e festas, contando sempre com um bom número de pessoas que ajudava e participava das atividades da igreja. Infelizmente, no dia 25 de 
agosto de 1988, um incidente abalou a vida de toda a comunidade, entre os católicos e os não-católicos, mas que moravam ao redor da capelinha Santa Maria Madalena.

Morava em uma peça nos fundos da capelinha (grudado na igreja) uma senhora chamada Luiza com sua filha, que cuidava da igreja. Fazia muito frio naquela noite e era comum ter fogão à lenha nas casas. E por um descuido deixaram o fogão aceso dando início a um incêndio, que começou primeiro na casa de Luiza e depois na Igreja Madalena que era de madeira.

“Queimou tudo: paredes, telhado, os bancos, o altar, o Cristo crucificado, ficando apenas as imagens de Santa Maria Madalena e de Nossa Senhora de Fátima, em meio as chamas. Aquela noite foi muito triste para todos.” (Leandro)


Telefone era algo muito raro naquela época, ainda mais em uma comunidade humilde como o “Pequeno Sertão”, por isso os moradores foram de casa em casa pedindo ajuda, que aos poucos foram se ajuntando ao redor da igreja. Com baldes e mangueiras nas mãos tentavam apagar o fogo, mas era inútil, pois o fogo já tinha consumido tudo. Unidos em oração a comunidade rezava o terço, na esperança de que o fogo não continuasse.

“Mas e agora? O que vamos fazer agora?”


Partindo das análises em reunião, foram sugeridas algumas sugestões para a construção da nova igreja, entre eles pedir areia, pedras, listas de donativos, livro ouro (passando nas firmas), festas, campanhas de tijolos, telhas, chá beneficente, risoto, rifas, doações, reuniões dançantes, construção em mutirão.
Em setembro de 1988 a comunidade já havia arrecadado Cz$127.150,00 (cruzado), para a construção da nova igreja. O senhor Leandro ficou responsável pela compra dos materiais. Para a construção da nova igreja foi consultado o professor David Clemente Aumond, que avaliou a nova construção em Cz$340.000,00 (cruzado). Este valor foi confirmado por outro engenheiro de indicação do padre Armindo. A comunidade procurou recursos entre políticos e a cúria metropolitana, mas os preços ainda eram muito altos, mesmo que só o material para a obra, ficando decidido realizar as missas no salão da comunidade, por tempo indeterminado.

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1989

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O ano de 1989 foi marcado de muitas reuniões do conselho e de assembleias de comunidade. Devido ao grave incidente com a igreja os membros da comunidade se empenhavam em tudo para fazer crescer o número de fiéis, participando dos encontros de CEB’s (Comunidades Eclesiais de Bases), grupos em famílias, grupo de jovens, centésimo e demais atividades em conjunto com a Igreja Fátima.
Não havendo um templo físico, as celebrações e missas continuaram sendo realizadas no salão da comunidade o que dificultou os eventos das pastorais e os aluguéis, que era uma forma de renda da comunidade, sendo que as missas aconteciam no meio da tarde dos
sábados, às 16h.
Ao longo do ano o conselho constatou-se que o salão também precisava de melhorias e assim iniciou-se uma campanha para as melhorias do salão e construção da Igreja Santa Maria Madalena.
Neste mesmo ano foi definido que os festejos populares da comunidade aconteceriam no mês de julho, mês da padroeira Santa Maria Madalena, com tríduo 
preparatório, festa julina, sopão, procissão e missa festiva e não mais em janeiro como de costume.
A festa aconteceu exatamente no dia 22 de julho, em um sábado, com procissão às 15h, missa festiva às 17h e a noite sopão, pastéis, bolo e baile de casais, trazendo um bom lucro que foi utilizado nas melhorias do salão, especialmente na cozinha.
Em outubro de 1989 a comunidade ainda não contava com um templo e os moradores e membros da comunidade refletiram sobre a importância de uma igreja no “Pequeno Sertão”. Então a sra. Ledi levantou alguns aspectos da construção da nova igreja, bem como sugestões das medidas: 12x8 metros ou 12x10 metros ou 10x10 metros, ficando acertada a segunda proposta (12x10 metros). O padre Vicente comentou sobre um auxílio do exterior, desde que haja uma diretoria responsável pela construção e a planta da obra.
Em dezembro do mesmo ano foi apresentado pela diretoria da construção um rascunho da planta pelo sr. Leandro, que foi apresentado ao padre para definir a posição da igreja no terreno.

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1990
1991
1992
1993

1990

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No dia 24 de fevereiro foi organizado uma festa de Carnaval no salão da comunidade para as crianças das 16h às 20h e os adultos a partir das 21h, com salgados, doces, bebidas, brincadeiras e marchinhas de carnaval. Mesmo
com o calor, todos se divertiram e confraternizaram, dando início as atividades do ano de 1990.
No dia 23 de março foi definido outra medida para a construção da igreja, sendo 8x10 metros, com janelas ovais em cima, uma pequena torre para colocar o sino, oito janelas, porta na frente e ao lado. A altura da parede definido foi de 3,5 metros com o prédio feito em alvenaria, com tijolos a vista,
para ficar mais barato. Foi definido começar a obra da nossa igreja pelo alicerce, já na semana seguinte.
Para ajudar nos gastos da 
comunidade foi elaborado vários chás, confraternizações, bailes dançantes e festa da padroeira, ao longo do ano de 1990, na Comunidade Santa Maria Madalena. 

No dia 18 de agosto foi apresentado um orçamento do pedreiro no valor de Cr$29.500,00 (cruzeiro) para levantar as paredes da igreja, com a torre do sino. O sr. Leandro foi o encarregado de comprar todo o material necessário para a obra.
Em setembro a comunidade encomendou as telhas de fibrocimento para a construção da nova igreja, no valor de Cr$35.000,00 (cruzeiro).
Em 30 de novembro foi realizado um levantamento dos total dos gastos da construção da nova Igreja Santa Maria Madalena. Até a atual data já foram gastos Cr$378.111,00 (cruzeiro).

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1991

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O ano de 1991 iniciou com chás, bailes de casais e promoções para arrecadar fundos para a construção.
Mas o que ainda falta para a conclusão da capela? O grupo debateu e definiu a importância de ter o sino com um campanário de alvenaria, piso, eletricidade e uma 
salinha que serviria de sacristia com 2x2 metros. Foi realizado uma campanha para comprar o cimento, a areia e a brita para arrumar o piso da igreja.
O conselho definiu dia 22 de julho a data para a inauguração da nova Igreja Santa Maria Madalena, com missa às 10h e após a festa da 
padroeira no salão da comunidade. Em preparação à festa aconteceu um tríduo, na quinta e sexta às 20h e no sábado às 18h.
No sábado uma procissão luminosa animou toda a comunidade, saindo do “valão”, passando nas ruas: rua Rui Barbosa, rua 24 de Outubro, rua Bartolomeu de Gusmão, chegando até a Igreja Santa Maria Madalena, com orações e músicas animadas pelo grupo de jovens, chamando a atenção dos
moradores por onde passava a procissão.
A sra. Lígia Toboliski Bongiorni realizou a doação do crucifixo atual da comunidade em agradecimento à Deus e a Santa Maria Madalena. 
Os últimos preparativos para a festa foram de passar verniz nos bancos e no altar da igreja, passar cal branco nas paredes internas, a colocação dos vidros das janelas e ornamentação das imagens de Santa Maria Madalena e de Nossa Senhora de Fátima.
Após três anos do incêndio da antiga capelinha de madeira a comunidade conseguiu com muito esforço e dedicação realizar a inauguração da nova igreja da comunidade. 

No domingo dia 22 de julho, às 10h a comunidade celebrou a memória de Santa Maria Madalena e junto a primeira missa no novo templo do “Pequeno Sertão”, com a presença do pároco Vicente Kappaun e de muitos fiéis onde foi realizado o almoço no salão da comunidade com festejos populares e baile.
Na semana seguinte a festa de inauguração as melhorias continuaram na igreja com a colocação de um carpete envolta do altar e de duas estantes novas para as imagens. Ao todo foram gastos Cr$1.970.000,00 (cruzeiro) na construção do novo templo, arrecadados com promoções, festas, coletas e dízimos (onde mais de setenta sócios participavam da comunidade).
Ainda faltava a construção da torre do sino, que ficou para outra oportunidade.

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1992

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No dia 20 de março o senhor Leandro ficou responsável de instalar a lâmpada do santíssimo ao lado do sacrário da igreja, pois a partir da Páscoa deste ano o Santíssimo Sacramento (Hóstia Consagrada) começou a ficar no sacrário da Comunidade Santa Maria Madalena.

“Jesus deve ficar mais próximo do seu povo, mais perto dos seus, abençoando esta nova comunidade que aos pouco vai se edificando novamente”. (Pe. Carlos Feeburg)

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1993

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No dia 14 de junho foi entregue, junto com a despedida do padre Carlos José Feeburg, as chaves da nova sala de catequese foram entregues para o representante dos catequistas da comunidade, Marisa Hartmann, juntamente com a 1993 benção do novo prédio aos fundos do terreno. Todos ficaram satisfeitos com a sala, mas ainda faltavam os vidros e iluminação.

“Agora a comunidade terá um espaço adequado para a catequese e encontros”. (Pe. Carlos Feeburg)

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De 1993 à 2003 não há registro de eventos na Comunidade Santa Maria Madalena, sabemos que houve trocas de padres, de coordenação, festas da padroeira e outros ventos, bem como o afastamento de alguns membro da comunidade.

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